Saturday, August 30, 2008

A designer e o piadista

Nos dias de hoje, tudo é mensurável. Há indicadores, estatísticas, números e mais números para analisar tudo. Você, é claro, deve estar balançando a cabeça afirmativamente. Está certo, o que seria de nós sem os números? Eu também sempre concordei com medições, afinal, não se pode confiar em conceitos subjetivos. Está tudo muito bem, até o dia em que o medido for você. Por mais que se concorde com os critérios e os números, sempre fica aquela sensação de que você está sendo injustiçado.

Testes e provas são bons exemplos. Como é possível reduzir todo o meu conhecimento em um simples número? E pior do que isto, comparar-me a outras pessoas desta maneira. Você é um 680, igualzinho àquele outro ali, também 680. Ou então, este 690 é melhor do que você.

A primeira reação é tentar explicar ao avaliador que o que se faz vai além de números. Aliás, tenta-se convencê-lo de que o que se faz é imensurável. Chega-se ao ridículo de comparar o resultado do mortal esforço a gênios da arte: é possível ranquear Michelangelo, Camões e Beethoven? Depois, a revolta toma conta: ah, é assim? Então não faço mais nada além do que medirem os números! Voltando a correr sangue mais frio nas veias, começa-se a perceber (cair a ficha deveria sair de moda de vez) o quão medíocre é o objeto da medição.

Por que é tão difícil analisar o próprio umbigo? Ter uma visão imparcial de nós mesmos é bastante raro. Ou há uma super valorização, por proteção ou auto-piedade ou egocentrismo ou outro motivo qualquer. Ou há uma desvalorização que chega a ser humilhante, vergonhosa, colocamo-nos como o pior dos piores. Seja como for, sempre exageramos quando o assunto se trata de nós mesmos.

Tenho uma amiga designer (dizááááááiner) que encontro quase que semanalmente (e não sou eu essa minha amiga) e, entre uma conversa e outra, ela contava o quão difícil estava sendo fazer um trabalho para a faculdade. Terminado o desafio, curiosa que sou, pedi que ela me mostrasse o tal trabalho, mas ela negou. Só depois de muito implorar e insistir consegui, quase que secretamente, ver o resultado final de semanas e semanas do esforço da minha amiga. Claro que não ficou a obra-prima do design mas estava digno de ser mostrado na intimidade de uma roda de amigos. Era, no mínimo, admirável.

Por outro lado, conheço um cara (que também não sou eu) que se avalia com um exímio contador de piadas. Seja qual for o assunto, ele consegue relacionar a uma piada, contá-la e depois contar um evento em que ele fez o maior sucesso contando a mesma piada. Tudo bem, ele sabe contar piada, mas ninguém precisa concordar com a sua auto-avaliação. E se você disser que achou a piada fraca está passível de a amizade se reduzir a meras relações diplomáticas.

Um candidato a fazer MBA (agora sim, sou eu) que tenha 680 de GMAT deveria estar satisfeito? Estar 680 ou ser 680? Eis a questão! O fato é que eu sei bem o trabalho que 680 dá e, portanto valorizo bastante. Mas só deus sabe se eu consigo aumentar esse número, porque ele ainda está medíocre para os padrões dos meus avaliadores.

Bom, ainda tenho mais uma chance. A última. Talvez, como meu bom amigo piadista, eu tenha valorizado demais meus 680, mas vou precisar de muita humildade de design para conseguir estudar mais um mês. Será que dá?

Sunday, August 17, 2008

Fim de semana perfeito

Pode-se considerar este um fim de semana perfeito. Festa sensacional na sexta, concerto espetacular seguido de bom jantar com amigos no sábado e reunião de família no domingo.

Almoço de aniversário da minha avó sempre tem comilança. Ou melhor, só tem comilança. No programa de hoje tinha churrascaria, é claro, e café da tarde com mais coisas para comer na casa dela. Um verdadeiro exagero. Mas acho que a comida está entre os maiores prazeres da minha família. Sem exceções, todos adoram comida boa e farta. Em geral, o resultado acaba sendo um piriri generalizado.

Se bem que o meu piriri pode ter outra origem: as poucas horas de sono de sexta para sábado. No entanto, valeu a pena. Foi sem dúvida uma das melhores festas. Está certo que tive que contar com a excelente rede de relacionamento de um amigo recente, a quem serei eternamente grata pela oportunidade de ter me colocado na lista de uma festa tão legal. Open bar, música boa, pessoas interessantes. “De zero a dez, dez”.

Carmina Burana na Sala São Paulo, com a OSESP também foi dez. Eu juro que não costumo ser tão generosa assim nas minhas avaliações. Pelo contrário, quem me conhece sabe que minha régua é um pouco alta. Mas não é a toa que escrevi no começo que pode-se considerar um fim de semana perfeito. Depois da festa de sexta, Carmina Burana tornou-se um hino.

Monday, August 11, 2008

Anagateemeele

Andei fuçando uns blogs por aí e, definitivamente, este está péssimo.

Começando pelo modelo do layout. Como não sei esse tal de HTML, escolhi um dos padrões oferecidos. Mas todos são muito ruins. Reparou esses dois dedinhos de margem azul do lado direito e esquedo? Para quê tudo isso? Que disperdício!

A variedade e tamanho das fontes também são limitados. Tentei aumentar um pouco mais a fonte neste post, só que agora ficou grande demais.

Bom, como não recebi alfabetização HTML (seria uma anagateemeele?) vai ficar assim mesmo. Pelo menos até eu fazer o supletivo desse treco.

Fotografia e aposentadoria

Eu gosto de fotografia. Deve ser influência da etnia mesmo. Mas não se engane, minhas habilidades técnicas e artísticas não são suficientes para me qualificar nem mesmo como uma aficcionada. Talvez um dia, depois da aposentadoria, quem sabe, eu consiga me apronfundar nesta prática. Por enquanto é só uma descupa para testar a ferramenta do blog.
Posted by Picasa

Saturday, August 9, 2008

Que venham as novidades!

Família é um caso sério. Como todo mundo tem, não vou perder meu tempo aqui com reflexões sobre esse assunto. Mas talvez esse blog me ajude a colocar a fofoca em dia com a família, já que a distância atrapalha um pouco.

Eis as novidades:
  • Férias 1: Du está em Peruíbe.
  • Férias 2: Katia e Douglas vão passar uns dias de férias na Espanha.
  • Férias 3: Manoelita e Blás chegam dia 24.
  • Férias 4: tive de tirar férias forçadas para estudar mais para o GMAT. Os 680 pontos que fiz ainda não são suficientes.
  • Aquisição: a Nena comprou uma televisão bem legal.
  • Disco riscado: minha avó não fala em outra coisa a não ser no rato que fazia estragos lá no sítio.
  • Obtuário: o rato morreu e a D. Esperança desinfetou a casa inteira.

São Paulo, minha irmã camarada.

Muita gente é especialista em criticar minha cidade natal. Confesso que isso me irrita um pouco e ativa alguma reação instintiva, parecida com o que sentia quando via alguém brigando com meu irmão. Por mais que ele estivesse errado eu o defendia. Depois a agente acertava as contas em casa.

Apesar de todo o caos e os defeitos que qualquer um facilmente citaria, São Paulo oferece vantagens surpreendentes. O CEAGESP é um exemplo disso. Aberto ao varejo nas manhãs dos finais de semana e na quarta-feira a noite, o CEAGESP proporciona ao público comum uma feira com produtos de qualidade. Hoje, não consegui sair de lá sem flores, cerejas e peixe, além de degustar o tradicional pastel. Sensacional!

Para quem quiser saber mais... http://www.ceagesp.gov.br/varejo/

Tudo tem um começo

Com o incentivo de um velho hábito familiar, quando era adolescente tive vários "diários". Todos eles tinham um propósito, mas eu nunca consegui manter nenhum deles por mais de 2 meses. Agora vou começar mais um. Apesar de achar meio patético, talvez ele seja últil algum dia.