Tuesday, December 22, 2009

Rio Connecticut

Atrás do prédio onde eu moro passa o Rio Connecticut que divide os Estados de New Hampshire e Vermont. Pois é, tá fazendo tanto frio que o rio está congelado. Esse rio até que é grandinho, tem mais ou menos a mesma largura do Rio Pinheiros, na altura da ponte Euzébio Matozo. Não sei por que essa gente veio se popular um lugar tão frio assim!

Advertência

Sexta teve um jantar com alguns latinos que ainda estão por aqui. Uma beleza, tomamos vinho, jogamos imagem e ação, muitas fotos, piadas. Tinham uns 2 carros voltando para o campus e eu estava dirigindo um deles (o de trás). Tomei só 2 copos de vinho, mas aqui as leis de trânsito são meio rígidas. No estado de New Hampshire, para alguém com o meu peso, é permitido tomar 2 copos de cerveja. Então, embora eu estivesse em um bom estado para dirigir, eu estava fora da lei, já que vinho tem um teor alcoólico maior que cerveja.

Claro que a polícia me parou. Eles alegaram que eu estava dirigindo muito perto do carro da frente. Impressionante como a polícia aqui não tem o que fazer... Eu fiquei meio nervosa porque ouvi dizer que quando eles desconfiam que a pessoa está sob "influência do álcool" eles pedem para o "suspeito" falar o alfabeto de trás pra frente. Eu não conseguiria fazer isso nem mesmo sóbria! No final das contas ele não me multou e só me deu uma advertência por escrito que, muito provavelmente está registrada. Da próxima vez acho que eles me multam.

Sunday, December 20, 2009

Férias

Férias. Desde quinta-feira estamos em férias. É ótima a sensação de não ter nada pra fazer. Quer dizer, até tenho aquelas coisas que a gente vai deixando para depois das provas (lavar roupa, levar o carro no mecânico, fazer compras, escrever os cartões de natal, arrumar a mala pra viagem). Mas isso não é nada comparado com o turbilhão de atividades das duas últimas semanas.

Tuesday, December 8, 2009

Depois da neve

Faz 3 dias que não neva, mas a neve de sábado ainda continua aqui. Estou achando que ela não vai derreter tão cedo... São 11h da manhã e está fazendo menos 2 graus.

Monday, December 7, 2009

Estudar pra que?

Essas são as bobagens que a gente faz por aqui quando não está estudando...

Nevou pela primeira vez

Sábado nevou pela primeira vez. Quer dizer, eu vi nevar pela primeira vez. Eu parecia aqueles adultos que nunca viram o mar e quando vão a praia ficam encantados. Teve fotos, guerra de bola de neve, bonecos de neve, castelos, gritaria... Foi um dia super feliz para mim e realmente eu não conseguia entender porque as outras pessoas não estavam tão eufóricas quanto eu.


A paisagem muda completamente, parece que estou em outro lugar. Tudo fica um pouco mais silencioso, sei lá. É uma sensação meio parecida com quando você entra numa casa sem móveis e depois entra na mesma casa já decorada. Como tudo fica preenchido com neve, o som não deve refletir tão facilmente quando antes (nossa, essa explicação ficou bem besta!).

Saturday, December 5, 2009


Dia de ação de graças



Semana passada foi o feriado de Ação de Graças e um amigo meu me convidou para passar o feriado com a família dele em New Jersey. Basicamente eles passam o dia todo comendo. Tem muita comida, começando pelo tradicional peru assado. O peru é gigantesco e leva umas 6 horas para assar totalmente. Esse ano a família do meu amigo não assou o peru. Eles fizeram peru frito! Anexei umas fotos para vocês verem. O jeito de temperar o peru é interessante. Eles fazem um molho (acho que tem azeite, sal e umas ervas) e injetam o molho no peru com uma seringa. Depois tem um monte de outras coisas para comer: purê de batata, batata doce, cenoura, vagem com molho de cogumelo, pão temperado... Uma delícia.


Eu queria levar alguma coisa brasileira. O ideal mesmo seria fazer um bom churrasco, mas como eu não sei fazer churrasco e também não sabia onde comprar as coisas, tive a idéia de fazer caipirinha. Foi difícil de encontrar o pilão para socar o limão. Eu não tinha a menor idéia de como é que se fala pilão em inglês e o dicionário as vezes não ajuda muito. Mas depois de alguns dias passando de loja em loja e perguntado pros atendentes, eu finalmente consegui encontrar. Também encontrei pinga 51 por 13 dólares a garrafa numa loja gigante de bebidas em New York. Aí foi só comprar os limões e açúcar.

Ah, tem 2 coisas curiosas sobre limões e perus. Em inglês eles limão (o verde) eles chamam de lime (para o meu pai que não entende muito de inglês: se pronuncia laime) e lima (amarela) eles chamam de lemon. É uma confusão na minha cabeça... Ah, e para nós, peru é o nome de uma ave e de um país. Em inglês, a ave peru é turkey, que também é um país (Turquia).

Bom, voltando ao dia de ação de graças, todo mundo simplesmente amou a caipirinha. Eu preparei umas 40 caipirinhas e em meia hora já tava todo mundo bem alegrinho. Acho que foi uma boa contribuição brasileira para o dia de ação de graças deles.

Thursday, October 22, 2009

Errata

Acho que errei o nome do trem no post "Earth at Night". Deve ser o Trans-Siberian e não Expresso do Oriente.

Sunday, October 18, 2009

Quem deve lavar as mãos?


É bem comum os banheiros dos restaurantes e bares dos Estados Unidos terem um cartaz dizendo que os funcionários devem lavar as mãos depois de usar o banheiro. Será que o dono, os clientes, fornecedores ou qualquer outra pessoa que não seja funcionário não precisa lava a mão?

Aperitivo de água-viva


Quinta feira, provei aperitivo de água-viva. Até que estava bom.

Friday, October 16, 2009

Earth at night


O Alfredo, um argentino (ele é argentino mas é legal) aqui de Tuck tem essa foto como papel de parede do computador dele. Achei muito legal. Dá pra ficar maior se você clicar na foto. Não sei se é de verdade, mas é bem interessante ver a quantidade de luzes nas grandes metrópoles, na margem do Nilo, no Japão e seguindo o "expreso do oriente" na Rússia!

Só uma observação. Os brasileiros aqui, sempre que vão apresentar o Alfredo para alguém diz: ele é argentino mas é legal. Sacanagem né? Esse povinho argentino sofreu ultimamente com a ameaça de não ir a copa de 2010...

Twitter

Pra quem ainda não sabe, estou postando no twitter as coisas mais rapidinhas. Pelo menos eu consigo atualizar com mais frequência! Procura por moraestt.

Wednesday, October 14, 2009

Hockey

Hoje a noite teve jogo de hockey (no gelo). Ainda estou tentando ficar de pé. Apesar de todo o aparato (cotoveleira, joelheira, caneleira, capacete, protetor de quadril, ombreira e protetor de peito), caí de mau jeito e minha bunda tá doendo que só...

Depois do jogo (lá pela meia noite) fui celebrar com o pessoal da minha classe... Digamos que estou meio alegrinha, já que minha última refeição foi às 19h30, quando fecha a cafeteria.

Tuesday, October 13, 2009

Sono 1 x 0 Neve

Tenho percebido que todas as pessoas têm alguma coisa que gosta de fazer e a faz com maestria. Por exemplo, meu amigo Porquito gosta de música e ele é bom nisso, apesar de não ganhar a vida como músico. Há alguns anos tenho pensado qual a atividade que gosto e não consegui achar nada melhor do que dormir.

Parece brincadeira, mas não é. Eu gosto de dormir e sou muito boa nisso. Eu consigo dormir nas condições mais precárias (barulho, lugar desconfortável), há qualquer hora do dia ou da noite. Também consigo dormir por várias horas seguidas sem nenhum efeito colateral (como dor de cabeça, por exemplo). Pelo contrário, quanto mais eu durmo, melhor eu me sinto. E não é só quantidade. Tenho um sono bem pesado e sonho bastante também.

Infelizmente, tenho tido bem poucas oportunidades de praticar meu hobby favorito. Por isso, visando otimizar o tempo dedicado ao sono, sigo uma tática bastante precisa: acordo 10 minutos antes de começar a aula, me preparo (trocar de roupa, por a lente, escovar os dentes, o cabelo, jogar uma água na cara) em 5 minutos e ainda sobram mais 5 minutos para chegar na classe (o fato de morar na faculdade viabiliza essa tática).

Bom, tudo isso pra dizer que hoje de manhã nevou aqui. Mas como eu estava dormindo, perdi a neve! Quando acordei estava só chovendo. Saco.

Incidente com a polícia

Gente, as coisas por aqui estão realmente muito corridas, mas eu tinha que escrever esse causo.

Semana passada teve uma festa na escola de medicina e como estava chovendo, resolvi emprestar o carro do Thiago. Thiago é um amigo brazuca aqui da escola que foi para o Brasil no fim de semana só para o casamento do irmão dele. Então eu e mais dois amigos fomos na festa da medicina com o carro do Thiago. Estacionei o carro na rua, num lugar permitido estacionar e, porque era sábado a noite o parquímetro não estava cobrando. Quando voltamos para o carro, tinha um papel amarelo no vidro do motorista deixado pela polícia que dizia mais ou menos assim:

"Isto não é uma emergência, mas você deve ligar para a polícia (Seg-Sex) e perguntar sobre o incidente número XXX ocorrido dia tal a tal hora."

Eu fiquei simplesmente apavorada com o bilhete da polícia. Primeiro porque eu não sabia que a polícia deixava bilhete em carros. Que eu saiba eles deixam multa. Segundo porque para a polícia ter deixado um bilhete é porque alguma coisa grave aconteceu. Terceiro porque o carro não era meu e eu não tinha a menor idéia do que contar para o Thiago, que voltava na segunda.

Eu e meus amigos ficamos alguns bons minutos procurando alguma batida ou dano que poderia ter acontecido com o carro, mas não encontramos nada de diferente. Como o bilhete dizia que era para ligar de segunda a sexta, não tinha muito o que fazer a não ser esperar a segunda feira chegar.

No domingo o Thiago me mandou um email perguntado o que tinha acontecido com o carro dele porque a polícia queria falar com ele. Ai cacildis! Lá vai eu contar a história para o Thiago por email, mas sem saber explicar direito o que tinha acontecido. Depois de algumas horas ele me manda outro email dizendo que alguém da polícia deixou um recado para ele no Facebook, explicando o tal incidente.

Segundo o policial que escreveu no Facebook, uma mulher abriu o carro do Thiago achando que era o carro que ela tinha alugado e estacionado na mesma rua que eu. Primeiro ela abriu a porta do passageiro e colocou a bolsa no banco. Depois fechou a porta e se deu conta de que o carro trancou sozinho. Só que ela não conseguia mais abrir o carro. Então ela chamou a polícia, que abriu o carro e entregou a bolsa a ela depois de checar a identidade que estava dentro da bolsa. A polícia fechou o carro de novo e deixou o bilhete amarelo no vidro do motorista.

Bom, eu fiquei bastante aliviada com essa hitória, mas ainda não entendi como a mulher conseguiu abrir o carro. Ou a chave do carro dela abria o carro do Thiago e ela esqueceu a chave dentro do carro junto com a bolsa. Ou eu esqueci de trancar o carro e a mulher foi abrindo o primeiro carro que apareceu na frente dela.

Tem coisas que realmente só acontecem aqui. Onde mais a polícia deixa um bilhete no carro de alguém? Onde mais a polícia abre o carro alheio e tira um pertence lá de dentro e depois fecha de novo? E quando é que você ouviu falar da polícia dando explicações pelo Facebook? Parece que estou num lugar mágico, onde tuuuuudo pode acontecer...

Friday, September 18, 2009

Rotina

Vixe, faz muito tempo que não escrevo. Vamos tentar atualizar...

Quase não tenho tempo livre e passo quase todo o tempo em aulas, estudando ou em discussão com meu grupo. Basicamente vou dormir à 1 da manhã e acordo às 7, numa rotina forte de estudos

Todos dizem que no primeiro ano as coisas são corridas mesmo, mas que depois, melhora, principalmente porque os alunos pegam o jeito para estudar os casos e conseguem priorizar melhor as tarefas. Também tenho que admitir que minha leitura em ingês está um pouco lenta, mas acho que com o tempo vou melhorando...

Estamos fazendo 4 matérias e geralmente as aulas são divididas em 2 partes: discussão de um estudo de caso e palestra. Nunca tive aulas com estudo de caso e estou achando bastante interessante, apesar de exigir muito preparo antes da aula.

As notas são uma composição dos testes (meio e final do curso), trabalhos e participação em classe. Neste último ainda tenho dificuldade. Nunca tive aula com tanta participação em classe mas aqui essa cultura é super valorizada e todo mundo participa da aula.

A faculdade tem uma infraestrutura de dar inveja. Às vezes até penso que é um desperdício de recursos. Os professores são ótimos e totalmente diferentes dos professores que tive no Brasil. Eles são muito preocupados com o aprendizado dos alunos e são super dispostos para tirar quaisquer dúvidas, a qualquer hora.

A adaptação está acontencendo aos poucos mas a comida é de lascar... O frio ainda não chegou, mas já dá para sentir que cada noite é mais fria que a anterior. Apesar de fazer 8 graus, parece ser mais quente do que no Brasil. Acho que é por causa da humidade do ar, que aqui é mais baixa.

Sunday, August 30, 2009

Armas e Bebidas

Não tem jeito, sempre que se pede uma bebida alcoólica por aqui o garçom pede a identidade. E tem que ser algum documento emitido pelo governo. Para os estudantes internacionais que ainda não tiraram a carteira de motorista (eu, por exemplo) eles exigem o passaporte. Além de verificar a data de nascimento (é preciso ter mais de 21 anos) eles ainda olham o visto. Eu não sei muito bem porque eles olham o visto. Será que eles venderiam bebidas a imigrantes ilegais?


É muito chato andar com o passaporte o tempo todo porque é um documento grande e ruim de carregar. Além disso, corre-se o risco de perdê-lo ou de alguém roubá-lo. Um dia estávamos num restaurante e um amigo brasileiro esqueceu o passaporte. Então eu disse para o garçom para trazer duas cervejas par mim e eu daria uma para o meu amigo, já que eu sabia que ele tinha mais de 21 anos. Mas o garçom falou que se eu fizesse isso ele iria pedir para eu me retirar no restaurante.

Eles levam muito a sério esse negócio de bebida por aqui. E o pessoal dos estabelecimentos comerciais morrem de medo de perder a licença para vender bebida alcoólica. Então eles cumprem a lei direitinho. Ah, além disso, na sessão de orientação aos estudantes internacionais, o pessoal da faculdade deixa bem claro que é proibido tomar bebida alcoólica em lugares públicos. Então, nada de comprar uma lata de cerveja e sair andando na calçada, bebendo uma gelada. Pique-nique na grama com bebida alcoólica também nem pensar.


Tudo bem, a gente pode até concluir que eles têm razão de fazer isso. Afinal, a gente já viu um monte de acidente por causa de gente bêbada. O que me causa espanto é o fato de eles venderem armas no Wall Mart. Não é contraditório? Tantas restrições para o consumo de bebida alcoólica enquanto se pode comprar um rifle no mercado!

Welcome!

Hanover é uma cidade bem pequena. Não tem bares e basicamente a gente usa o bar de um dos 5 restaurantes da cidade. Eu não sei se tem mais restaurante que isso, espero que sim, mas ainda não os encontrei. Os restaurantes mais em conta são o mexicano (burritos) e o japonês (acredite se quiser), onde uma refeição decente sai por uns US$10. Tem outros dois que tem preço médio (US$20/refeição). Eu ainda não fui no restaurante caro para saber quanto é a refeição de lá.
O transporte público é gratuito (isso mesmo, nada de bilhete único ou dinheiro), mas não funciona no fim de semana.

Tem algumas lojas (a maioria delas bem cara). Quando se quer comprar alguma coisa as pessoas geralmente vão para Lebanon (uns 8 km de distância, 1,5h a pé). Não tem mercado ou grocery. Tem uma CVS(farmácia) onde você pode encontrar algumas coisas como sabão para lavar roupa, caderno, leite, suco e cerveja.

Basicamente a cidade gira em torno da universidade (Dartmouth) que, além da escola de negócios (Tuck, que é onde eu estudo) tem também medicina, artes e engenharia.

Essa fotinha aí é da entrada principal de Tuck.

Thursday, August 20, 2009

NY pra cachorro

Em frente a biblioteca que vou diariamente tem um parque (Tompkins Square Park) que tem espaço para cachorros! Um lugar onde as pessoas podem brincar com os cachorros soltos. Tem até piscina para os dogs!

Sunday, August 16, 2009

:-)


Tem uma cena no Forest Gump que eu só consegui entender agora (é eu sou bem lerda mesmo). Trata-se de quando o Forest Gump está correndo e limpa o rosto sujo de lama numa toalha e acaba fazendo o famoso desenho :-). Entao ele diz que a alguém resolveu colocar a estampa daquele desenho numa sacola. Eu nunca tinha visto uma sacola dessas antes, mas aqui em NY tem de monte!

Pizza

Tá legal, pra quem já ouviu minha opinião sobre a pizza americana, eu peço que desconsidere. Ontem eu fui num restaurante em Greenwich Village (Arturo's) e comi pizza de linguiça com alho e cebola (queijo e molho, claro). A pizza estava boa, comparável com as paulistanas. Repare que eu escrevi comparável, que não significa melhor.

Tenho que admitir que eu tinha um certo preconceito sobre as pizzas americanas. Um dia um amigo, o Jon, disse que a pizza de NY era a melhor do mundo. Eu fiquei muito brava e ofendida, mas ele insistia dizendo brincando (eu acho) que os novaiorquinos reinventaram a pizza. Diante do meu insulto sobre esse comentário infame e depois de eu jurar que não havia melhor pizza do que a paulistana, meus amigos aqui de NY resolveram me levar no Arturo's.

E, para meu espanto, a pizza estava boa. Está certo que, como diria o Mazon, 'eu ja comi melhores' (e em São Paulo), mas até que deu para matar a saudade das pizzas domingueiras.

Friday, August 14, 2009

Agora estou em New Jersey, um estado vizinho de New York, há umas 2 horas de carro. Os pais de um amigo que eu fiz em New York tem casa aqui. New Jersey tem praia, mas eu ainda não fui lá porque a gente chegou muito de noite.

New Jersey é bem diferente de Manhatan. Parece mais com aquele conceito americano de casas grandes, jardins, rodovias para todos os lados. Mas não tem algumas vantagens como o metrô, por exemplo. Em Nova Iorque eu sempre ando de metro. Eu compro um tipo de bilhete único que custa 27 dólares e eu posso andar o quanto eu quiser durante 7 dias. De vez em quando pego ônibus. O transporte público é sensacional: tem ônibus e metrô pra todo o lado, inclusive de madrugada e ainda com ar condicionado (tem dias que faz 30 graus Celsius). Em cada ponto de ônibus tem uma placa com os horários que o ônibus vai passar. E não é o horário arredondado não. Tem os minutos certinho, por exemplo 5:32, 9:48. E o pior é que eles cumprem o horário certinho. Fico pensando que se fosse no Brasil alguém já teria arrancado a placa e levado pra casa pra saber quando o ônibus vai passar.

Eu como fora uma vez por dia (na janta ou no almoço) e nas demais refeições eu tento comer em casa. Tem uns mercadinhos onde eu compro comida (basicamente macarrão) e frutas e também coisas para o café da manhã: leite (tem garrafão de 5 litros de leite no mercado), ovos, baicon, sucrilhos, Nesquik e suco.

Já desencanei de comprar água. Bebo da torneira mesmo. Todo mundo bebe. O Paulo, do apartamento, compra água, mas eu já estou bebendo da torneira. Nos restaurantes, quando você senta na mesa, a primeira coisa que eles trazem é um copo de água (da torneira) com gelo.

Além disso, várias vezes o Paulo cozinha peixe, beringela e outras coisas e eu aproveito e filo a boia dele. Ele tem até uma panela de barro!

Uma coisa que estou estranhando por aqui é como esse povo gasta água a toa! Vira e mexe alguém quebra um hidrante da calçada e a criançada fica brincando na água. Ai, depois que todo mundo já enjoou de brincar na água, fica aquela água toda vazando até que alguém da prefeitura resolva vir consertar. Um tremendo desperdício.

Tem uma mulher que vai na casa do Paulo todos os dias para dar uma limpada. O nome dela é Irene e ela é de Porto Rico. Ela vive deixando a torneira aberta enquanto cozinha ou então, quando vai embora, deixa a torneira vazando. Vários dias cheguei no apartamento e ela estava lá com a torneira aberta, sem usar a água. Eu vou até a torneira e fecho. Aí um dia ela me perguntou porque eu fechava a torneira e eu disse que tinha aflição de ver aquela água toda indo embora sem ninguém usar. Então ela respondeu "mas a gente não paga a água". Fiquei perplexa. Só porque não paga pode deixar vazando? Fico lembrando da minha mãe coletando água da ma'quina de lavar roupa para lavar o quintal! Acho que a Irene iria achar isso um absurdo. Eu não entendi direito porque ela disse que não paga água. Acho que é porque a água é do condomínio e o condomínio já está incluso no valor do aluguel. Bom, por enquanto é isso. Depois conto mais novidades. Um beijo pra todo mundo!

Friday, August 7, 2009

Novidades da semana

Esta semana mudei para o apartamento do Paulo, um senhor brasileiro e viúvo que trabalha de protético. O apê até que é legal e consigo cozinhar para economizar um pouco. Tem uma laundry (lugar com máquinas de lavar roupa e secar) no térreo que os moradores podem usar, basta colocar créditos em um cartão. Ainda não usei. Quando usar, conto os detalhes.

Bom, para quem quiser passar uns dias em NY hospedando-se num lugar barato, eu recomendo o apartamento do Paulo. Tem a desvantagem de você ter de dividir o apartamento com ele, por isso não cabe muita gente, só duas ou três pessoas. É claro que não tem toda a mordomia de um hotel. Mas além de gastar pouco com hospedagem, você também vai poder ver a vida como ela é em Nova Iorque. Quem quiser o telefone dele, posta um comentário com email que eu mando.

Ah, também consegui comprar um celular. O iPhone é muuuuuuuuito legal!

Eu fiz cartão na biblioteca de New York e agora posso usar qualquer biblioteca da cidade. Muitas delas tem acesso a internet e isso é ótimo. Tem uma que fica bem pertinho do apartamento do Paulo.

O bar tender do restaurante que fica embaixo do hotel que eu estava é brasileiro. O nome dele é Kiko e o pai dele, João, trabalha de camareiro no hotel. Foi o João que me indicou o apartamento do Paulo para eu ficar. Eles são de Petrolina-PE. O Kiko e umas amigas brasileiras dele me levaram num boteco (Miss Favela) que aos sábados tem samba ao vivo: Trem das 11, O que é o que é do Gonzaguinha. Bem legal. Eles servem umas comidas brasileiras, mas é tudo muito caro. A feijoada sai US$ 21 por pessoa (R$40). Uma facada! A maioria das pessoas que estavam lá eram brasileiras, mas os gringos caíram na folia! Um copo de caipirinha custa US$8 e ainda tem que dar gorjeta. Então, cada caipirinha feita com Velho Barreiro custa R$19. Mas o lugar vale a pena para matar a saudade do Brasil. Neste sábado estarei lá de novo!

Monday, August 3, 2009

Alimentação

Já estou aqui há uma semana e minha mãe deve estar super curiosa para saber se eu ando me alimentando direito. Então este post é mais para tranquilizá-la. Mãe, vou fazer um resumo pra você.

No primeiro dia almocei 2 hot dogs com limonada, que custaram 8 dólares. A partir daí eu comecei ir em mercearias (que aqui eles chamam de grocery) e comprar coisas para fazer no hotel, já que o quarto tem uma cozinha pequena. Estou tentando evitar o famoso “miojo” e deixar essa maravilha gastronômica para uma emergência. Então, basicamente faço macarrão alho e oléo, salada de alface (que é a única verdura que eu cosigo reconhecer) e frutas de sobremesa.

Eu acho que as frutas devem ser meio caras, comparando como preço brasileiro. Como não costumava fazer compras antes, nem sei se está caro ou não, mas a idéia de comprar frutas por unidade me faz pensar que elas são caras. Comprei kiwi (R$0,50 cada), ameixa (R$1,40 cada) e cereja (R$12,00 o pacote com uns 1,5kg). A cereja é um caso a parte das frutas porque ela é vendida no pacote com um monte delas. Seguindo a lógica da unidade, acho que elas devem ser mais baratas que as outras frutas. Passo o dia todo comendo cerejas, nunca comi tantas na minha vida. É uma verdadeira overdose.

Há vários cafés em Nova Iorque e estão sempre cheios. As pessoas adoram e tomam de “balde”: O menor copo deve ter uns 300 ml. Como eu não gosto de café, isso não me atrai muito e eu prefiro fazer meu próprio café da manhã, no capricho: sucrilhos com leite, ovos, bacon e queijo cottage (em homenagem ao meu irmão) temperado com azeite e orégano no pão de 9 grãos. Depois arremato umas cerejas, só pra variar um pouco.

Experimentei também uma lasanha congelada: US$ 4.00 o pacote de 1Kg (que para mim dá para 2 refeições). Mas não gostei muito porque o molho era um pouco picante. Tive que comer com muita alface para aliviar o ardido e depois mais cereja para tirar o gosto da boca.

Interessante como quase todas as comidas todas tem tempero picante por aqui. Na rua do hotel tem um trailler de comida indiana. Sempre que passo por ali sinto aquele cheirinho bom, então outro dia resolvi comprar frango frito. Pedi sem molho algum, porque provavelmente o molho seria pimenta pura. Mas qual não foi minha surpresa (e tristeza) quando percebi que o frango por si só estava ardido! Por sorte, a vendedora colocou alguns pedaços de cordeiro para eu experimentar e até que estava bom.

Eu nem sei direito o que é cordeiro, mas no dia seguinte passei no trailler de novo e pedi cordeiro com arroz (US$ 5,50), sem molho, é claro. A moça colocou tudo num pacote de isopor e eu levei para o hotel para comer com salada de alface (preciso dar um jeito de descobrir outras verduras). Estava tudo gostoso, mas desta vez a surpresa foi o arroz. Eu já sabia que ele seria meio diferente porque tinha uma coloração amarela, mas eu nunca imaginaria encontrar tantos cravos e um pedação de canela em pau no meio do arroz. E nem era arroz doce!

Mãe, está certo que nada por aqui se compara à sua comidinha caseira, mas espero que você tenha aprovado o menu.

Saturday, August 1, 2009

O tempo está ótimo, em torno de 25 ou 30 graus. Chove dia sim dia não. E esse negócio de chuva é estranho por aqui. De repente cai um pé d'água, dura uns 20 minutos com relâmpagos e trovões. Aí tem outros 20 minutos de trégua antes de começar a chover de novo. Já desisti de carregar guarda-chuva. É muita coisa para tomar conta: mapa, câmera, bolsa. O guarda-chuva só atrapalha e tudo acaba ficando molhado na tempestade. Então, quando começa a chover eu entro em alguma loja e espero parar.

Coloquei aí ao lado link do The Weather Channel de NY, assim dá pra vocês saberem como está o clima por aqui. Quando mudar para Hanover atualizo.

Friday, July 31, 2009

Nova Iorque

Vou ficar em Nova Iorque uma ou duas semanas, antes de ir para Hanover, já que minhas aulas só começam no fim de agosto. Enquanto isso, vou escrevendo um pouco sobre minha experiência na Big Apple.

Parece que em Nova Iorque gira em torno de duas coisas: dinheiro e lazer. Você pode ver pessoas de toda a parte do mundo diariamente comprando ou vendendo: fazendo turismo, fazendo negócios, estudando, tentando juntar grana para voltar para a terra natal ou tentando viver uma vida melhor do que a que eles viviam. Por outro lado, Nova Iorque também é bem cheia de atrativos para quem procura lazer. Tem uma vida cultural bastante intensa com teatro, cinema, música, museu, livro para todos os gostos. Muitos eventos são gratuitos ou custam bem barato. Além disso, há parques, bares, cafés e restaurantes onde é possível aliviar a tensão, descansar, ler um livro ou apenas fazer fotossíntese.

A foto é do Bryant Park que fica atrás da biblioteca (NY Public Library). Na hora do almoço ele fica bem lotado. Muitos preferem comer no parque do que em restaurantes.

Eu, que gosto de viver em São Paulo, estou adorando Nova Iorque porque são cidades bem parecidas. Mas aqui tem algumas vantagens pelas quais os paulistanos clamam há muito tempo: bom transporte público, metrô para todos os lados, mais segurança e melhor educação. Parece que a qualidade de vida melhorou bastante com a administração do Giuliani, ex-prefeito de Nova Iorque. Bem que ele poderia se candidatar no Brasil.

Sunday, July 26, 2009

Cheguei!

Cheguei! Estou na terrinha do Tio Sam, mas ainda com acesso super restrito a internet. Serio, nunca pensei que fosse sentir tanta falta de internet. Estou num computador publico e tenho muitissimo pouco tempo para navegar. Isso significa que vou escrever sem acentuacao e tambem vou economizar nos posts. Quando conseguir um acesso mais decente, posto de novo.

Tuesday, July 21, 2009

Levar, deixar, doar, jogar?

Está na hora de começar a arrumas as malas e é bastante difícil decidir o que levar, o que deixar, o que doar e o que jogar fora. É impressionante o tanto de tranqueiras que eu guardo. Tem roupa velha que eu uso todos os dias e tem roupa nova que eu sei que quase não vou usar. Tem coisas que tem um valor sentimental grande, como a camisa do time de vôlei do colégio, que eu vou acabar guardando pra sempre. Mas o que fazer com as joelheiras?

Neste fim de semana minha tia veio de Campinas me ajudar a organizar um pouco as coisas.
É bom ter uma opinião neutra, que me faça refletir e colocar um pouco de razão na decisões: "quando você acha que vai usar essa fonte queimada do antigo notebook?"

Decidi mandar para a reciclagem todo o material de estudo, desde 1996 até hoje. Os livros ficaram (é claro), assim como os cadernos do prezinho e do primário. Também tem a Gui-Gui, uma boneca da infância. Apesar de nunca ter gostado muito de boneca, sempre vou arranjar um espaço no guarda-roupa para a Gui-Gui.

Roupas, sapatos, bolsas. Dá vontade de levar tudo. Mas depois mudo de ideia, caindo na tentação de comprar lá. Um segundo depois caio na real e percebo que não vou ter grana pra comprar tanta coisa. Volta tudo pra mala de novo. Vai ser impossível não pagar excesso de bagagem!

Ainda não terminei de arrumar as coisas e, como vocês podem ver, o quarto ainda está uma zona total. A ideia é esvaziar gavetas, armários e deixar tudo o mais disponível possível para que meu irmão ou algum hóspede possa utilizar o quarto tranquilamente. O prazo final é sexta-feira. Tenho que correr!

Wednesday, July 1, 2009

Tuck

Hoje foi meu último dia de trabalho e mandei um e-mail para os amigos dizendo que tentaria atualizar este blog. Então, vou tentar...

Para aqueles que ainda não sabem, vou fazer MBA por 2 anos nos Estados Unidos. Vou ficar numa cidade chamada Hanover, que fica no estado de New Hampshire (esse pintadinho de vermelho no mapa). É uma cidade pequena com quase 11 mil habitantes (no censo americando de 2000) e 130 quilômetros quadrados.
Sim, fica perto do Canadá e faz muito frio por lá. Eu vou estudar na Tuck School of Business, uma escola de negócios de Dartmouth College. Para quem se interessar, segue o link para ver no Google Maps: http://maps.google.com/maps?ll=43.705391,-72.293877&z=18&t=h&hl=pt-BR
Bom, por enquanto é isso...

Friday, June 12, 2009

AVC (acidente vascular cerebral)

Sábado passado minha avó teve um AVC (acidente vascular cerebral) e está no hospital desde então. Ela tem fraqueza nos membros esquerdos e dificuldade de enxergar com o olho esquerdo. A fala está um pouco enrolada e por ela ser muito gorda, a mobilidade é muito difícil, mesmo com a ajuda de enfermeiros. Os momentos de lucidez vão e vem. Às vezes ela fala coisas que fazem sentido, outras vezes ela apenas delira. A falta de apetite é constante e de vez em quando ela fica agressiva.

A família toda está muito chocada com essa situação e estamos todos tentando nos conformar e adaptar nossas vidas para ajudar a minha avó, essa avó diferente que agora está aqui conosco. Os médicos dizem que as sequelas podem ser amenizadas com o tempo, conforme ela for fazendo fisioterapia. Resta-nos ter paciência e torcer para que tudo ocorra da melhor forma possível.

Wednesday, May 20, 2009

Tuesday, May 19, 2009

O exemplo do INSS

Esses dias uma amiga minha estava com algumas dúvidas sobre onde investir a grana que sobra do salário. Eu tentei ajudá-la com aquela conversa de que não se deve investir o que sobra do salário e sim viver com o que sobra depois de separar o dinheiro do investimento. Para motivá-la eu quis mostrar a ela como o dinheiro investido a longo prazo se multiplica e tomei como exemplo a contribuição do INSS. Assim como eu, acho que vocês vão se surpreender com o resultado. Está certo que eu sabia que era uma baita grana, mas não tinha noção do quanto.

Suponhamos que alguém contribua R$ 354,07 por mês (acho que esse deve ser o teto de contribuição). Imagine que essa pessoa começou a trabalhar com 25 anos e que esse dinheiro seja colocado num investimento com uma taxa de 0,6% ao mês (que é mais ou menos a rentabilidade da renda fixa ou DI). Ao final de 40 anos (quando a pessoa completar 65) ela terá um montante de R$ 989.000 (quase 1 milhão)! Se a partir daí a pessoa não contribuir mais e apenas retirar o rendimento mensal, ela terá um renda de R$ 5.900 por mês.

Ou seja, se ao invés de contribuir para o INSS eu tivesse investido esse dinheiro eu poderia, parar de trabalhar com 65 anos com uma aposentadoria de R$5.900. E mais, quando morresse, meus herdeiros ainda teriam os R$ 989 mil.

Não sou nenhuma expert em investimento pessoal ou previdência e essa conta é bem grosseira porque não leva em conta inflação, taxas, impostos e uma série de outras coisas. Mas uma coisa é certa, nunca conseguirei me aposentar com 40 anos de contribuição e receber quase R$6 mil por mês. Onde será que o governo coloca todo esse dinheiro? Por que será que a previdência vive no vermelho?

Friday, May 15, 2009

Matar a saudade

Com certeza vou sentir falta de muitas coisas enquanto estiver nos Estados Unidos: família, amigos, comidas, hábitos, clima... Para tudo dá-se um jeito de diminuir um pouco a saudade: e-mail, skype, telefone, restaurante brasileiro, aquecedor... Mas como eu faço com a saudade que vou sentir da minha cadela?

Friday, April 24, 2009

Parênteses

Antes de continuar a escrever sobre a viagem, preciso fazer um parênteses sobre a aventura do voo da volta.

Apesar da chuva torrencial na hora de ir embora e do cancelamento de vários voos, o meu embarque aconteceu na hora marcada. Havia uma grande fila de aeronaves para decolagem e por isso o avião em que eu estava teve de esperar uma hora e meia na pista, pois havia 15 na nossa frente. Durante a espera, um raio caiu no avião, mas aparentemente não aconteceu nada e resolveu-se continuar a espera para decolagem.

Depois de 30 minutos voando com turbulências aterrorizantes, quando já estávamos sobre o oceano, um outro raio caiu sobre a asa direita do avião. Eu estava na janela (não sobre a asa, mas bem perto) e vi o clarão. Depois deu para sentir o tremor na aeronave. O pânico se instalou: pessoas chorando, mulheres gritando, grávidas passando mal, comissários de bordo correndo e perguntando aos passageiros que estavam sobre a asa se eles tinham visto o que aconteceu...

Pensei que fosse morrer. Imagens de aterrissagem mar gelado e de reportagens no Jornal Nacional dando conta da morte de 300 brasileiros num voo de volta pra casa não saiam da minha cabeça. Fiquei pensando na minha família no velório, comentando como lamentavam uma morte tão inesperada e breve, 'com todo o futuro pela frente'.

O piloto avisa que o painel está indicando que tudo está normal, mas ele resolve voltar ao aeroporto por precaução (precaução uma ova, aposto que ele também estava se cagando nas calças). Quando estávamos chegando no aeroporto o avião desvia da rota e começa a voltar para o oceano e depois segue para o continente e depois de volta para o oceano, várias vezes. Precisávamos reduzir o combustível da aeronave pois era muito arriscado aterrissar com tanto combustível assim.

Finalmente aterrissamos e na pista havia bombeiros, caminhões, polícia, ambulâncias. Digno de cena de filme. Desembarcamos e esperamos mais uns 40 minutos no portão, quando o voo foi cancelado. Como o raio não era culpa de ninguém, a companhia aérea não ofereceu ajuda nenhuma com hospedagem ou alimentação. Deram apenas um número de telefone para remarcar o voo e solicitaram que a bagagem fosse retirada na esteira tal.

Alguns "sortudos" conseguiram um valcher de táxi, para voltar para a cidade e acabaram se metendo numa outra enrascada. Os taxistas colocavam 6 passageiros nos carros, levavam somente os passageiros que iam em lugares próximos e depois voltavam para o aeroporto para pegar mais passageiros. Depois de muito brigar o pessoal era largado em uma rua qualquer, no meio da chuva. Alguns tiveram suas malas quebradas pelos taxistas e tiveram que pegar outro táxi, no meio da madrugada.

Foi emoção suficiente para me fazer refletir sobre a vida e pensar que aquela era a hora em que eu ia morrer.

Monday, April 20, 2009

Paixão nacional


Basquete é a paixão nacional nos Estados Unidos. Pensando nisso, comprei, ainda no Brasil, ingressos para o jogo Knicks x Detroit no Madison Square Garden. O ginásio é grande, tem 20 mil lugares e, além de basquete, costuma sediar jogos de hoquei, boxe, vale tudo, shows. Fica bem no centro da cidade e foi construído sobre a estação subterrânea Pennsylvania Station. Nas imediações do ginásio você pode encontrar cambistas oferencendo "tickets, tickets". Mas eu não recomendo não. No dia do jogo, na minha frente estavam um grupo de 8 espanhois que foram barrados na entrada porque estavam com ingressos falsos.


De certa forma, fiquei um pouco decepcionada porque esperava alguma coisa parecida com os jogos de futebol aqui do Brasil. Ninguém grita, xinga ou se altera. A torcida não se envolve emocionalmente no jogo. Todos ficam sentados, comendo o mega combo de cachorro-quente e refrigerante. Aplaudem e dizem "yes!" quando aparece uma jogada bonita.

Em compensação, tudo é um verdadeiro show. Tem um DJ que toca durante todo o jogo e um telão que mostra pessoas famosas na torcida ou os anônimos engraçados, dançando e torcendo. Nos intervalos ou durante as pausas técnicas as cheerleaders dançam e tem brincadeiras para os torcedores (show de calouros, andar de velocípede, acertar a cesta a várias distâncias). Parece que as pessoas prestam mais atenção nessas coisas do que no jogo em si.


Clima

O clima nos Estados Unidos é bem seco. Em 2 dias a pele começa a ficar branca e repuxada. Um horror. Tive que comprar um hidratante aqui porque o meu, do Brasil, era muito "fraquinho". Não pense que é frescura não. Até os homens andam com protetor labial no bolso e passam toda hora.

Verificar a previsão do tempo é fundamental porque a temperatura dentro das casas costuma ser bem diferente da temperatura da rua. Além disso, só olhar pela janela pode enganar. Às vezes está o maior solzão lá fora e você pensa que está calor, mas na verdade está uns 5 graus Celsius.

Outra coisa chata é que os americanos usam a escala grau Fahrenheit. Eita coisinha mala! Para transformar Fahrenheit em Celsius tem que subtrair 32, multiplicar por 5 e dividir por 9. Se fizer de trás pra frente invertendo as operações matemáticas, você transforma Celsius em Fahrenheit. Ainda bem que os sites geralmente tem opção de mostrar as duas unidades. O saco é quando um gringo pergunta qual a temperatura no Brasil...

Não sei porque (no Brasil não acontece muito) mas nos Estados Unidos a sensação térmica costuma ser diferente da temperatura que está realmente fazendo. Por isso, além da temperatura, os sites de meteorologia também indicam qual a sensação térmica. Eu acho essa informação mais importante. Parece louco, mas não importa muito qual a temperatura lá fora, mas sim qual a temperatura que você sente. Por exemplo, outro dia estava 10 graus com sensação térmica de 2: já muda bem o cenário!

Friday, April 10, 2009

Rapidinhas do Tio Sam

- Em Durham, quando você está dirigindo e quer virar a direita num cruzamento mas o farol está vermelho para você, não é necessário esparar o verde. Basta dar uma olhadinha, checar se dá para fazer a conversão sem colidir ou atropelar ninguém, e entrar.

- Em compensação, se tiver um sinal de pare e você não parar por pelo menos uns 3 segundos (mesmo que não haja uma alma viva na rua) você pode ser multado.

- Levei um tempo a me acostumar com o carro automático e, no início, pisava fundo no breque pensando que era a embreagem. Posso até imaginar os motoristas americanos gritando 'Hei, Mrs. Mary, go to kitchen!'

- A balada nos EUA termina às 2h. New York tem um chorinho e vai até às 4h. E nem adianta reclamar, na hora marcada a música acaba, as luzes se acendem e a polícia está na porta para garantir que tudo acaba mesmo!

- Ainda na balada, é preciso pagar a cada vez que pedir uma bebida. Ou, você pode deixar seu cartão de crédito com a garçonete e no final ela te devolve com o canhoto para assinar.

- Alimente-se antes de ir para a balada porque, em geral, não há nada para comer.

- É proibido fumar. Logo, nada de cabelo e roupa cheirando fumaça na volta para casa.

News from USA

Desde sexta passada estou nos Estados Unidos. Passei o fim de semana em Durham (Carolina do Norte), num evento de Duke. Aluguei um carro e, pasmem, eles não tinham um carro manual. Foi bem ridículo ter de pedir instruções para aprender a guiar o carro automático.

A universidade é linda de morrer. Tem um ginásio enorme de basquete e eles levam o esporte muito a sério: há uma rivalidade grande entre Duke e UNC. Não há dorms para quem cursa o MBA e o pessoal mora em uns condomínios que mais parecem o sonho americano. Apartamentos confortáveis, com grandes jardins e piscina nas áreas comuns. Nem preciso falar que só tem carrão por aqui. Nada de Ford Ka ou similares.

Impressionante como eu não entendi nada do que os americanóides falavam. Nem parece que estudei tanto inglês. Parecia uma alienígena sorrindo e balançano a cabeça, fingindo que estava entendendo alguma coisa.

Agora estou em Nova Iorque. Tem bastante estrangeiro por aqui e percebi que tem muita gente que faz o mesmo que eu: balança a cabeça e sorri... Mas parece que a gente vai se acostumando e agora até que consigo entender uns 80% do que as pessoas falam.

Mais posts em breve, assim que conseguir tempo para escrever...

Sunday, March 1, 2009

32

Completei 32 anos comendo e bebendo bem, na companhia de bons amigos. Estou feliz.

Obrigada a todos!


Saturday, January 24, 2009

Pizzada

Semana passada teve pizzada em Piracicaba. Está certo que ninguém teve que colocar a mão na massa. Meu primo Thiago encomendou a pizza e apenas colocamos no forno. Além de bom anfitrião ele é um ótimo bar man. Estava tudo tão bom que até o Xande, que estava meio mal, enxeu a pança!

Aproveitamos e fizemos um tour pela cidade, para ver se a Sandra reconhecia algum lugar. Mas é difícil lembrar de alguma coisa dos 3 anos de idade, quando se tem algumas décadas...

O Dudu e a Patrícia enfrentaram uma fila quilométrica para trazer a sobremesa, mas valeu a pena. Também tiveram fotos e filmes do cruzeiro e muitas novidades da Lolita.
Valeu pessoal e até a próxima!