Sunday, August 30, 2009

Armas e Bebidas

Não tem jeito, sempre que se pede uma bebida alcoólica por aqui o garçom pede a identidade. E tem que ser algum documento emitido pelo governo. Para os estudantes internacionais que ainda não tiraram a carteira de motorista (eu, por exemplo) eles exigem o passaporte. Além de verificar a data de nascimento (é preciso ter mais de 21 anos) eles ainda olham o visto. Eu não sei muito bem porque eles olham o visto. Será que eles venderiam bebidas a imigrantes ilegais?


É muito chato andar com o passaporte o tempo todo porque é um documento grande e ruim de carregar. Além disso, corre-se o risco de perdê-lo ou de alguém roubá-lo. Um dia estávamos num restaurante e um amigo brasileiro esqueceu o passaporte. Então eu disse para o garçom para trazer duas cervejas par mim e eu daria uma para o meu amigo, já que eu sabia que ele tinha mais de 21 anos. Mas o garçom falou que se eu fizesse isso ele iria pedir para eu me retirar no restaurante.

Eles levam muito a sério esse negócio de bebida por aqui. E o pessoal dos estabelecimentos comerciais morrem de medo de perder a licença para vender bebida alcoólica. Então eles cumprem a lei direitinho. Ah, além disso, na sessão de orientação aos estudantes internacionais, o pessoal da faculdade deixa bem claro que é proibido tomar bebida alcoólica em lugares públicos. Então, nada de comprar uma lata de cerveja e sair andando na calçada, bebendo uma gelada. Pique-nique na grama com bebida alcoólica também nem pensar.


Tudo bem, a gente pode até concluir que eles têm razão de fazer isso. Afinal, a gente já viu um monte de acidente por causa de gente bêbada. O que me causa espanto é o fato de eles venderem armas no Wall Mart. Não é contraditório? Tantas restrições para o consumo de bebida alcoólica enquanto se pode comprar um rifle no mercado!

Welcome!

Hanover é uma cidade bem pequena. Não tem bares e basicamente a gente usa o bar de um dos 5 restaurantes da cidade. Eu não sei se tem mais restaurante que isso, espero que sim, mas ainda não os encontrei. Os restaurantes mais em conta são o mexicano (burritos) e o japonês (acredite se quiser), onde uma refeição decente sai por uns US$10. Tem outros dois que tem preço médio (US$20/refeição). Eu ainda não fui no restaurante caro para saber quanto é a refeição de lá.
O transporte público é gratuito (isso mesmo, nada de bilhete único ou dinheiro), mas não funciona no fim de semana.

Tem algumas lojas (a maioria delas bem cara). Quando se quer comprar alguma coisa as pessoas geralmente vão para Lebanon (uns 8 km de distância, 1,5h a pé). Não tem mercado ou grocery. Tem uma CVS(farmácia) onde você pode encontrar algumas coisas como sabão para lavar roupa, caderno, leite, suco e cerveja.

Basicamente a cidade gira em torno da universidade (Dartmouth) que, além da escola de negócios (Tuck, que é onde eu estudo) tem também medicina, artes e engenharia.

Essa fotinha aí é da entrada principal de Tuck.

Thursday, August 20, 2009

NY pra cachorro

Em frente a biblioteca que vou diariamente tem um parque (Tompkins Square Park) que tem espaço para cachorros! Um lugar onde as pessoas podem brincar com os cachorros soltos. Tem até piscina para os dogs!

Sunday, August 16, 2009

:-)


Tem uma cena no Forest Gump que eu só consegui entender agora (é eu sou bem lerda mesmo). Trata-se de quando o Forest Gump está correndo e limpa o rosto sujo de lama numa toalha e acaba fazendo o famoso desenho :-). Entao ele diz que a alguém resolveu colocar a estampa daquele desenho numa sacola. Eu nunca tinha visto uma sacola dessas antes, mas aqui em NY tem de monte!

Pizza

Tá legal, pra quem já ouviu minha opinião sobre a pizza americana, eu peço que desconsidere. Ontem eu fui num restaurante em Greenwich Village (Arturo's) e comi pizza de linguiça com alho e cebola (queijo e molho, claro). A pizza estava boa, comparável com as paulistanas. Repare que eu escrevi comparável, que não significa melhor.

Tenho que admitir que eu tinha um certo preconceito sobre as pizzas americanas. Um dia um amigo, o Jon, disse que a pizza de NY era a melhor do mundo. Eu fiquei muito brava e ofendida, mas ele insistia dizendo brincando (eu acho) que os novaiorquinos reinventaram a pizza. Diante do meu insulto sobre esse comentário infame e depois de eu jurar que não havia melhor pizza do que a paulistana, meus amigos aqui de NY resolveram me levar no Arturo's.

E, para meu espanto, a pizza estava boa. Está certo que, como diria o Mazon, 'eu ja comi melhores' (e em São Paulo), mas até que deu para matar a saudade das pizzas domingueiras.

Friday, August 14, 2009

Agora estou em New Jersey, um estado vizinho de New York, há umas 2 horas de carro. Os pais de um amigo que eu fiz em New York tem casa aqui. New Jersey tem praia, mas eu ainda não fui lá porque a gente chegou muito de noite.

New Jersey é bem diferente de Manhatan. Parece mais com aquele conceito americano de casas grandes, jardins, rodovias para todos os lados. Mas não tem algumas vantagens como o metrô, por exemplo. Em Nova Iorque eu sempre ando de metro. Eu compro um tipo de bilhete único que custa 27 dólares e eu posso andar o quanto eu quiser durante 7 dias. De vez em quando pego ônibus. O transporte público é sensacional: tem ônibus e metrô pra todo o lado, inclusive de madrugada e ainda com ar condicionado (tem dias que faz 30 graus Celsius). Em cada ponto de ônibus tem uma placa com os horários que o ônibus vai passar. E não é o horário arredondado não. Tem os minutos certinho, por exemplo 5:32, 9:48. E o pior é que eles cumprem o horário certinho. Fico pensando que se fosse no Brasil alguém já teria arrancado a placa e levado pra casa pra saber quando o ônibus vai passar.

Eu como fora uma vez por dia (na janta ou no almoço) e nas demais refeições eu tento comer em casa. Tem uns mercadinhos onde eu compro comida (basicamente macarrão) e frutas e também coisas para o café da manhã: leite (tem garrafão de 5 litros de leite no mercado), ovos, baicon, sucrilhos, Nesquik e suco.

Já desencanei de comprar água. Bebo da torneira mesmo. Todo mundo bebe. O Paulo, do apartamento, compra água, mas eu já estou bebendo da torneira. Nos restaurantes, quando você senta na mesa, a primeira coisa que eles trazem é um copo de água (da torneira) com gelo.

Além disso, várias vezes o Paulo cozinha peixe, beringela e outras coisas e eu aproveito e filo a boia dele. Ele tem até uma panela de barro!

Uma coisa que estou estranhando por aqui é como esse povo gasta água a toa! Vira e mexe alguém quebra um hidrante da calçada e a criançada fica brincando na água. Ai, depois que todo mundo já enjoou de brincar na água, fica aquela água toda vazando até que alguém da prefeitura resolva vir consertar. Um tremendo desperdício.

Tem uma mulher que vai na casa do Paulo todos os dias para dar uma limpada. O nome dela é Irene e ela é de Porto Rico. Ela vive deixando a torneira aberta enquanto cozinha ou então, quando vai embora, deixa a torneira vazando. Vários dias cheguei no apartamento e ela estava lá com a torneira aberta, sem usar a água. Eu vou até a torneira e fecho. Aí um dia ela me perguntou porque eu fechava a torneira e eu disse que tinha aflição de ver aquela água toda indo embora sem ninguém usar. Então ela respondeu "mas a gente não paga a água". Fiquei perplexa. Só porque não paga pode deixar vazando? Fico lembrando da minha mãe coletando água da ma'quina de lavar roupa para lavar o quintal! Acho que a Irene iria achar isso um absurdo. Eu não entendi direito porque ela disse que não paga água. Acho que é porque a água é do condomínio e o condomínio já está incluso no valor do aluguel. Bom, por enquanto é isso. Depois conto mais novidades. Um beijo pra todo mundo!

Friday, August 7, 2009

Novidades da semana

Esta semana mudei para o apartamento do Paulo, um senhor brasileiro e viúvo que trabalha de protético. O apê até que é legal e consigo cozinhar para economizar um pouco. Tem uma laundry (lugar com máquinas de lavar roupa e secar) no térreo que os moradores podem usar, basta colocar créditos em um cartão. Ainda não usei. Quando usar, conto os detalhes.

Bom, para quem quiser passar uns dias em NY hospedando-se num lugar barato, eu recomendo o apartamento do Paulo. Tem a desvantagem de você ter de dividir o apartamento com ele, por isso não cabe muita gente, só duas ou três pessoas. É claro que não tem toda a mordomia de um hotel. Mas além de gastar pouco com hospedagem, você também vai poder ver a vida como ela é em Nova Iorque. Quem quiser o telefone dele, posta um comentário com email que eu mando.

Ah, também consegui comprar um celular. O iPhone é muuuuuuuuito legal!

Eu fiz cartão na biblioteca de New York e agora posso usar qualquer biblioteca da cidade. Muitas delas tem acesso a internet e isso é ótimo. Tem uma que fica bem pertinho do apartamento do Paulo.

O bar tender do restaurante que fica embaixo do hotel que eu estava é brasileiro. O nome dele é Kiko e o pai dele, João, trabalha de camareiro no hotel. Foi o João que me indicou o apartamento do Paulo para eu ficar. Eles são de Petrolina-PE. O Kiko e umas amigas brasileiras dele me levaram num boteco (Miss Favela) que aos sábados tem samba ao vivo: Trem das 11, O que é o que é do Gonzaguinha. Bem legal. Eles servem umas comidas brasileiras, mas é tudo muito caro. A feijoada sai US$ 21 por pessoa (R$40). Uma facada! A maioria das pessoas que estavam lá eram brasileiras, mas os gringos caíram na folia! Um copo de caipirinha custa US$8 e ainda tem que dar gorjeta. Então, cada caipirinha feita com Velho Barreiro custa R$19. Mas o lugar vale a pena para matar a saudade do Brasil. Neste sábado estarei lá de novo!

Monday, August 3, 2009

Alimentação

Já estou aqui há uma semana e minha mãe deve estar super curiosa para saber se eu ando me alimentando direito. Então este post é mais para tranquilizá-la. Mãe, vou fazer um resumo pra você.

No primeiro dia almocei 2 hot dogs com limonada, que custaram 8 dólares. A partir daí eu comecei ir em mercearias (que aqui eles chamam de grocery) e comprar coisas para fazer no hotel, já que o quarto tem uma cozinha pequena. Estou tentando evitar o famoso “miojo” e deixar essa maravilha gastronômica para uma emergência. Então, basicamente faço macarrão alho e oléo, salada de alface (que é a única verdura que eu cosigo reconhecer) e frutas de sobremesa.

Eu acho que as frutas devem ser meio caras, comparando como preço brasileiro. Como não costumava fazer compras antes, nem sei se está caro ou não, mas a idéia de comprar frutas por unidade me faz pensar que elas são caras. Comprei kiwi (R$0,50 cada), ameixa (R$1,40 cada) e cereja (R$12,00 o pacote com uns 1,5kg). A cereja é um caso a parte das frutas porque ela é vendida no pacote com um monte delas. Seguindo a lógica da unidade, acho que elas devem ser mais baratas que as outras frutas. Passo o dia todo comendo cerejas, nunca comi tantas na minha vida. É uma verdadeira overdose.

Há vários cafés em Nova Iorque e estão sempre cheios. As pessoas adoram e tomam de “balde”: O menor copo deve ter uns 300 ml. Como eu não gosto de café, isso não me atrai muito e eu prefiro fazer meu próprio café da manhã, no capricho: sucrilhos com leite, ovos, bacon e queijo cottage (em homenagem ao meu irmão) temperado com azeite e orégano no pão de 9 grãos. Depois arremato umas cerejas, só pra variar um pouco.

Experimentei também uma lasanha congelada: US$ 4.00 o pacote de 1Kg (que para mim dá para 2 refeições). Mas não gostei muito porque o molho era um pouco picante. Tive que comer com muita alface para aliviar o ardido e depois mais cereja para tirar o gosto da boca.

Interessante como quase todas as comidas todas tem tempero picante por aqui. Na rua do hotel tem um trailler de comida indiana. Sempre que passo por ali sinto aquele cheirinho bom, então outro dia resolvi comprar frango frito. Pedi sem molho algum, porque provavelmente o molho seria pimenta pura. Mas qual não foi minha surpresa (e tristeza) quando percebi que o frango por si só estava ardido! Por sorte, a vendedora colocou alguns pedaços de cordeiro para eu experimentar e até que estava bom.

Eu nem sei direito o que é cordeiro, mas no dia seguinte passei no trailler de novo e pedi cordeiro com arroz (US$ 5,50), sem molho, é claro. A moça colocou tudo num pacote de isopor e eu levei para o hotel para comer com salada de alface (preciso dar um jeito de descobrir outras verduras). Estava tudo gostoso, mas desta vez a surpresa foi o arroz. Eu já sabia que ele seria meio diferente porque tinha uma coloração amarela, mas eu nunca imaginaria encontrar tantos cravos e um pedação de canela em pau no meio do arroz. E nem era arroz doce!

Mãe, está certo que nada por aqui se compara à sua comidinha caseira, mas espero que você tenha aprovado o menu.

Saturday, August 1, 2009

O tempo está ótimo, em torno de 25 ou 30 graus. Chove dia sim dia não. E esse negócio de chuva é estranho por aqui. De repente cai um pé d'água, dura uns 20 minutos com relâmpagos e trovões. Aí tem outros 20 minutos de trégua antes de começar a chover de novo. Já desisti de carregar guarda-chuva. É muita coisa para tomar conta: mapa, câmera, bolsa. O guarda-chuva só atrapalha e tudo acaba ficando molhado na tempestade. Então, quando começa a chover eu entro em alguma loja e espero parar.

Coloquei aí ao lado link do The Weather Channel de NY, assim dá pra vocês saberem como está o clima por aqui. Quando mudar para Hanover atualizo.